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Comitiva conhece práticas integrativas oferecidas pela Saúde em escola

Gestores do Espírito Santo, Goiás e São Paulo visitaram um centro educacional no Gama

O sucesso do projeto Práticas Integrativas em Saúde nas Escolas, introduzido há um ano, de forma piloto, no Centro Educacional Gesner Teixeira, localizado no bairro DVO, no Gama, chamou a atenção de gestores de outros estados. Por isso, uma comitiva formada por representantes de órgãos de controle e de secretarias do Espírito Santo, Goiás e São Paulo visitou a unidade, nesta sexta-feira (3), para conhecer os benefícios trazidos pela iniciativa, fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação do Distrito Federal.

Terapia comunitária integrativa, automassagem, meditação e reiki estão entre as opções oferecidas no centro educacional, realizadas no Espaço Criar — local organizado pelos professores dentro da escola e decorado pelos próprios alunos para ser acolhedor, tranquilo e harmonioso. As práticas utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados à prevenção de doenças e promoção da saúde.

Conforme o relato dos dirigentes da escola, um grupo de 24 alunos participantes de rodas de terapia comunitária obtiveram uma melhoria significativa no desempenho escolar. Os estudantes ainda interromperam comportamentos depressivos, de automutilação e ideações suicidas, substituídos por melhoras no convívio social.

“O grupo prioritário é de adolescentes. Eles participaram, desde janeiro do ano passado, das atividades com uma médica de família e comunidade. O projeto capacita profissionais da saúde e da educação. O principal objetivo é o olhar do cuidado”, informa a idealizadora do projeto e referência técnica distrital em Terapia Comunitária, Doralice Oliveira.

RESULTADOS — As alunas A.F.S., de 15 anos, e M.C.S.C., de 14 anos, que se sentiam deprimidas, são a prova dos resultados obtidos com a adoção das práticas. “Eu tinha autoestima baixa e vivia triste. Mas, na terapia comunitária, me tornei uma pessoa completamente diferente”, diz A.F.S. “Foi um momento em que pude ser ajudada. Na roda de conversa, desabafei e não era julgada. Isso alivia e nos deixa mais leve, e percebemos que não estamos sozinhos”, conta M.C.S.C.

“Os estados precisam olhar com carinho as práticas integrativas. Vim do Espírito Santo para conhecer mais sobre elas, trocar informações, e tem sido muito produtivo, porque, além de um projeto, há uma consistência nele, pois, envolve o aluno, o que tem sido um dos grandes desafios”, elogiou o secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Edmar Camata.

PRÊMIO — As ações, no Centro Educacional Gesner Teixeira, fizeram a escola obter o primeiro lugar no concurso da Controladoria Geral do DF na Escola, em 2018, pela atenção à saúde emocional dos estudantes. O centro concorreu com mais 104 escolas do Distrito Federal.

Com o projeto Controladoria nas Escolas, foi possível articular uma atuação maior entre as áreas de educação e de saúde do DF para fortalecer a expansão das práticas integrativas. Em cada colégio, serão oferecidas até 11 práticas integrativas. A previsão é de que as medidas sejam expandidas para dez escolas públicas do Gama, além de uma coordenação regional de ensino.

ENTENDA – Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de Práticas Integrativas e Complementares (Pics) à população. Os atendimentos começam nas unidades básicas de saúde (UBSs), principal porta de entrada para o SUS. No caso da parceria com as escolas, a unidade de saúde de referência para o local garante o apoio às práticas.

Clique aqui e saiba mais sobre as práticas integrativas e onde encontrá-las na rede pública de saúde do DF. 

Leandro Cipriano, da Agência Saúde.

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