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Saúde promove forró para espantar a tristeza

UBS 19 de Planaltina oferece espaço para quem quiser dançar, toda sexta-feira

Que tal ir a uma unidade de saúde dançar forró? É o que fazem cerca de 30 pessoas, toda sexta-feira, em Planaltina, para a atividade que os profissionais da Unidade Básica de Saúde (UBS) 19 chamam de forroterapia. Apesar de não ser uma prática integrativa, a atividade tem efeitos semelhantes na saúde de quem participa.

“Meu marido me trocou por outra, há três meses. Ainda está ruim, mas vim dançar forró para esquecer e não ter uma depressão”, disse, sorrindo, a dona de casa Maria Aparecida Rodrigues, de 65 anos. Ela completou que, na verdade, a dança foi uma recomendação da médica, para auxiliar no tratamento da diabetes e controlar o colesterol, que está alto.

O principal objetivo da atividade é a integração e a socialização. Mas os benefícios vão além. “Por ser uma atividade física, alivia dores, ajuda a perder peso, mas o mais importante é para a saúde mental, pois, por ser prazeroso, libera endorfina e serotonina”, observa o médico Vinícius Veloso, gerente de Serviços da Atenção Primária à Saúde 7, de Planaltina.

REMÉDIO — Genilda da Silva Macambira, 41 anos, tem usado o forró como auxílio da terapia para alguns problemas psicológicos. “Faço acompanhamento com psicólogo, psiquiatra e tomo remédios. Mas vir aqui me ajuda a não ficar triste em casa”, conta ela.

Além de se divertir, tem gente até arrumando namorado durante a atividade. Eliete Maria Moura, 68 anos, e Paulo Quintino da Cruz, 70 anos, se conheceram na forroterapia, quando ela ainda era oferecida no Centro de Práticas Integrativas (Cerpis), há cerca de oito meses.

“A gente se sente muito feliz quando vem para cá”, destacou ela. Dizem lá na UBS que pode sair um casamento até o fim deste ano.

DINÂMICA – A atividade não conta com instrutor. Um músico voluntário chega com o teclado e uma caixa de som. Começa a tocar e logo as pessoas vão chegando. Dois para lá e dois para cá… Não tem quem aguente ficar parado.

“Minha amiga me chamou, porque eu fico muito sozinha em casa, numa tristeza! Mas não sei dançar, vim só para olhar, por enquanto”, confessa a dona de casa Joselita Pereira, 53 anos, já balançando os pezinhos.

Durante a dança, agentes comunitários de saúde da unidade aproveitam para passar informações sobre saúde e cadastrar a população, além de criar vínculo com a comunidade. “Tem gente que chega tímida para ser atendida na UBS e percebemos que, quando eles começam a participar desta atividade, nas consultas seguintes já conseguem conversar mais e até contar problemas que antes não falavam”, revela a agente de saúde, Tatiane Moreira.

UBS – A forroterapia acontecia no Cerpis, em Planaltina, e, há quatro meses, passou a ser ofertado na UBS 19. A unidade é a única do Distrito Federal a funcionar dentro de um parque ecológico.

Além do forró, a UBS oferece a prática de tai chi chuan. “Com o crescimento da participação da população, já estudamos construir um espaço para estas atividades, em parceria com o Instituto Brasília Ambiental e o Ministério Público do DF”, adianta Vinícius Veloso.

Ele observa que, com a ida da UBS para o parque, reduziram-se os casos de usuários de drogas no local e ainda atraiu outros públicos para área, que é de geração de saúde.

Veja o vídeo do forroterapia.

Alline Martins, da Agência Saúde

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