Diagnóstico precoce é crucial para vencer o câncer de cabeça e pescoço
Compartilhar
Com quase 40 mil novos casos ao ano, doença exige atenção aos sintomas iniciais; Hospital de Base se destaca no tratamento no DF
O mês de julho é dedicado à conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, uma das doenças que mais desafiam os especialistas em oncologia no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão é de que surjam 39.550 novos casos em 2025. No Distrito Federal, o Hospital de Base é referência no diagnóstico e tratamento desses tumores, que afetam áreas como boca, laringe, faringe, tireoide e cavidade nasal.
A principal arma contra o avanço da doença é a detecção precoce. Quando identificado ainda em estágio inicial, o câncer de cabeça e pescoço tem índices de cura superiores a 80%. No entanto, mais da metade dos diagnósticos no país ainda ocorrem tardiamente, o que reduz significativamente as chances de sucesso do tratamento.
Os fatores de risco estão associados principalmente ao consumo de tabaco, álcool e à infecção pelo vírus HPV. Sintomas como feridas na boca que não cicatrizam, rouquidão persistente, dificuldade para engolir, caroços no pescoço e dor de garganta prolongada não devem ser ignorados.
A médica oncologista do Hospital de Base, Ana Carolina Andrade, reforça a importância de procurar atendimento especializado ao perceber qualquer alteração persistente na região da cabeça e pescoço. “O diagnóstico precoce é o principal fator de impacto na sobrevida e na qualidade de vida do paciente. Nossa equipe está preparada para receber e tratar esses casos com o que há de mais moderno na medicina”, afirma.
No Hospital de Base, os pacientes contam com atendimento multidisciplinar que inclui cirurgia, radioterapia, quimioterapia e acompanhamento fonoaudiológico e psicológico. A unidade é referência para todo o Centro-Oeste e realiza, em média, 250 atendimentos mensais voltados ao câncer de cabeça e pescoço.
A campanha Julho Verde tem como objetivo alertar a população, promover hábitos saudáveis e reduzir os casos da doença. A recomendação dos especialistas é clara: ao menor sinal de anormalidade, busque atendimento médico. Quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.