GDF amplia fiscalização de bebidas alcoólicas e descarta suspeitas de contaminação por metanol em 02 casos
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Ações integradas autuaram 15 distribuidoras no DF; governo reforça orientação para que consumidores evitem produtos sem procedência
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou as ações de fiscalização em estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas após o surgimento de dois casos suspeitos de contaminação por metanol, ambos já descartados. Nenhum registro de intoxicação foi confirmado no DF. Na última terça-feira (7), equipes do Procon-DF vistoriaram 16 distribuidoras e autuaram 15 delas por irregularidades diversas.
A operação reúne esforços conjuntos da Vigilância Sanitária, Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), Procon-DF, Secretaria de Economia do Distrito Federal, Polícia Civil do Distrito Federal e Polícia Militar do Distrito Federal, com foco na proteção da saúde dos consumidores e na legalidade dos produtos comercializados.
Segundo o subsecretário da Vigilância Sanitária, Fabiano dos Anjos, a fiscalização é permanente e reforçada semanalmente. “A fiscalização é realizada de maneira regular e sistemática pela Vigilância Sanitária. Ocorre toda semana, principalmente em distribuidoras e bares do DF. O recomendado é comprar esse tipo de produto em estabelecimentos regulares, conferir o lacre e o rótulo, evitar bebidas a granel, sem conseguir conferir a procedência do produto, e desconfiar de preços muito abaixo do mercado”, destacou.
A orientação das autoridades é clara: produtos de origem duvidosa representam risco à saúde e devem ser denunciados. O objetivo da força-tarefa é reduzir ao máximo a possibilidade de circulação de bebidas adulteradas no mercado local.
Resultados reforçam ações de combate à venda irregular de bebidas no DF
O Procon-DF ampliou as operações de fiscalização em distribuidoras de bebidas. Na última terça-feira (7), equipes vistoriaram 16 estabelecimentos e autuaram 15 por irregularidades. Embora nenhuma bebida falsificada tenha sido encontrada, foram apreendidos produtos vencidos, sem origem comprovada ou sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) também intensificou a Operação Metanol, iniciada no sábado (4), com a inspeção de 102 estabelecimentos, resultando em 15 notificações, 7 autos de infração e 5 interdições. A Vigilância Sanitária do Distrito Federal, por sua vez, realizou 271 fiscalizações entre janeiro e 6 de outubro, autuando 61 locais por descumprimento das normas sanitárias.
A Secretaria de Economia do Distrito Federal reforçou ainda a fiscalização tributária em rodovias e pontos estratégicos, com apreensão de R$ 1,69 milhão em mercadorias com notas fiscais irregulares ou falsas. As ações geraram R$ 807 mil em créditos tributários — valores referentes a multas e impostos.
“Na análise da nota fiscal, verificamos origem, destino e conformidade das mercadorias. Isso permite confirmar a procedência dos produtos. Até o momento, nunca apreendemos metanol. O governo pretende ampliar a fiscalização com operações rotineiras e integradas”, afirmou o coordenador de Fiscalização Tributária da Secretaria de Economia, Silvio Nogueira.
As ações foram reforçadas após dois casos suspeitos de intoxicação por metanol — ambos descartados após exames toxicológicos.
Orientações ao consumidor
Em caso de produtos irregulares ou suspeitos de falsificação, o Procon orienta a população a denunciar os estabelecimentos pelos canais oficiais: telefone 151, e-mail 151@procon.df.gov.br ou formulário eletrônico no site do órgão.
Sinais de alerta para identificar bebidas adulteradas:
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Preço muito abaixo do mercado;
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Tampas irregulares, prensadas ou desalinhadas, e garrafas sujas ou arranhadas;
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Rótulos com erros de ortografia, impressão de baixa qualidade ou ausência de relevos e marcas;
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Líquido com cor e volume irregulares ou com partículas estranhas;
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Falta de identificação do fabricante ou rótulos simplificados.
Em casos de suspeita de intoxicação, a recomendação é acionar imediatamente o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), pelo número 0800 644 6774, disponível 24 horas por dia.
Os sintomas podem surgir entre 6 e 24 horas após a ingestão. Nos primeiros momentos, podem ocorrer náuseas, tontura, dor abdominal e dor de cabeça. Com a evolução do quadro, há risco de visão turva, sensibilidade à luz, confusão mental e até cegueira irreversível.