Preto e quilombola, levanto minha voz contra o racismo e reforço a necessidade de políticas públicas  da educação primária ao doutorado e de respeito para que o Brasil e o mundo seja verdadeiramente igual para todos

Por : Edivaldo Moreira

Eu como pessoa de cor preta/negro e Quilombola Kalunga, manifesto meu repúdio ao racismo no Brasil e no mundo. Nós, pessoas pretas, descendentes de escravizados, carregamos na história marcas profundas de um passado cruel e desumano. A liberdade conquistada pelos nossos antepassados foi resultado de luta, resistência e coragem. Com tudo Livramo-nos do chicote, mas as cicatrizes deixadas pela escravidão ainda não foram totalmente curadas, elas seguem abertas no cotidiano, em forma de preconceito, violência e discriminação que persistem nos quatro cantos do planeta.

Por isso, reforço a necessidade urgente de políticas de conscientização e educação antirracista. Ainda há quem insista em tratar seres humanos como se fossem diferentes em essência, como se a cor da pele pudesse definir valor, inteligência ou caráter. Mas a verdade é simples e incontestável: O Criador fez todos iguais em humanidade.

Temos o mesmo corpo, o mesmo coração que pulsa, a mesma capacidade de pensar, sonhar e construir. A única diferença está na etnia, na cultura, na cor da pele e na linhagem  e é justamente essa diversidade que torna o mundo mais rico, mais belo e mais plural.

Perante a lei, somos todos iguais. E é esse princípio que deve prevalecer na prática: Respeito às diferenças, valorização das identidades e reconhecimento da dignidade de cada pessoa. Somente assim construiremos um país e um mundo mais justos, com paz, irmandade e verdadeira igualdade.