A saída de Samuel Suaid em plena reta final da campanha gera rebuliço no grupo laranja, que representa atual gestão

Em uma reviravolta que abalou os bastidores da OAB/DF, Samuel Suaid, Ouvidor-Geral da Ordem durante a gestão de Délio, renunciou ao cargo na última sexta-feira (08/11) e declarou apoio ao candidato de oposição Cleber Lopes. A decisão foi um golpe direto no grupo de Paulo Maurício (Poli) e gerou uma crise interna em meio à reta final da campanha pela presidência da Seccional do Distrito Federal.

Ao anunciar sua renúncia, Samuel deu a entender que sua mudança de lado foi motivada por uma visão alinhada com as propostas de Cleber Lopes. “Acredito nas propostas de Cleber Lopes para fortalecer a OAB/DF como uma instituição que realmente escuta as vozes de seus membros e atua em prol dos interesses da classe”, declarou. A fala sinaliza divergências com o grupo de Poli e demonstra a observância pela necessidade de mudanças significativas na estrutura da Ordem no Distrito Federal.

A saída de Samuel é mais do que a perda de um cargo estratégico para a gestão atual, é o símbolo do abalo de uma base que até então parecia sólida, mas agora se mostra fragilizada, prestes a ruir. Segundo fontes internas, o movimento inesperado tem causado discussões intensas e questionamentos no grupo laranja, levantando dúvidas sobre a coesão da campanha e as dificuldades de manter alianças a poucos dias da eleição, marcada para o próximo domingo (17/11).

Cleber Lopes, candidato da chapa verde, por sua vez, celebrou o apoio de Samuel, destacando que ele traz um “capital político significativo” para sua candidatura. “A decisão de Samuel Suaid demonstra que estamos alinhados com o desejo por uma OAB/DF mais transparente e próxima dos advogados. Sua experiência e visão reforçam nosso compromisso com uma gestão que priorize os interesses da classe”, declarou o criminalista.

Com a adesão de Suaid, Lopes ganha um trunfo estratégico que pode atrair eleitores indecisos e fortalecer sua posição em um cenário de disputa polarizada. A renúncia de Samuel a um cargo tão importante, simboliza mais do que um simples apoio, marca um ponto de inflexão e promete impactar diretamente os rumos da eleição e o futuro da OAB/DF.