Caiado alerta para riscos de retrocesso e defende continuidade após avanço fiscal histórico em Goiás

Published On: 13/12/2025 10:55

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Governador celebra saída do RRF e adesão ao Propag, mas diz ter “ciúme” do que foi construído e aponta Daniel Vilela como garantia de preservação das conquistas

Na mesma medida em que comemora a recuperação das contas públicas de Goiás, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) fez um alerta contundente sobre os riscos de retrocesso caso o Estado volte a ser comandado por gestões irresponsáveis. Em discurso na quarta-feira (10/12), Caiado afirmou ter “um ciúme enorme” das conquistas alcançadas ao longo de sete anos de governo e advertiu que todo o avanço pode ser destruído rapidamente. “Para destruir, basta um minuto”, declarou.

Em tom duro, o governador comparou a possível volta de maus gestores a uma praga altamente destrutiva. “Se puser de volta em Goiás aquele cupim branco, que rói mais do que o preto… Aquilo é uma desgraça, destrói até concreto. Se voltarem com esse cupim branco para dentro do palácio, ele vai comer tudo o que fizemos em sete anos”, afirmou.

Caiado relembrou o cenário crítico encontrado ao assumir o governo, após duas décadas de sucateamento administrativo. Segundo ele, o Estado acumulava dívidas bilionárias, salários atrasados e obras paralisadas. A adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) foi decisiva para reequilibrar as contas e permitir novos investimentos em áreas estratégicas como saúde, segurança pública, educação, infraestrutura e políticas sociais.

“É o primeiro estado a conseguir o equilíbrio fiscal graças a ações e políticas sérias que resgataram Goiás”, destacou. Agora, com a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados e do Distrito Federal (Propag), o governo projeta ganhos fiscais estimados em R$ 26 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. O novo modelo substitui a taxa Selic pelo IPCA com juro real zero como indexador da dívida com a União, reduzindo a volatilidade e tornando o custo mais compatível com o desempenho da economia.

Para Caiado, o atual patamar fiscal garante estabilidade não apenas no presente, mas também no futuro. “Você nunca teve um Estado de Goiás com o nível de saúde fiscal que nós temos hoje. E não é apenas agora, mas para os próximos 30 anos”, assegurou.

Ao defender a continuidade do projeto administrativo, o governador afirmou que Goiás levou sete anos para “voltar a respirar” e que não pode correr o risco de uma nova asfixia financeira. Nesse contexto, Caiado reforçou sua confiança no vice-governador Daniel Vilela (MDB), a quem pretende entregar o comando do Estado. “Ele andou comigo quatro anos, para cima e para baixo. Sabe tudo o que acontece, não é por ouvir dizer, é participando, compartilhando os momentos de alegria e também os de dificuldade”, concluiu.

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