Câncer colorretal entre jovens cresce no DF e reforça importância da prevenção
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Com cerca de 710 novos casos anuais, avanço da doença em pessoas com menos de 50 anos acende sinal de alerta; detecção precoce pode garantir até 85% de chances de cura
O câncer colorretal, historicamente mais comum em pessoas acima dos 50 anos, tem crescido entre os mais jovens e acendido um importante sinal de alerta para a saúde pública no Distrito Federal. Dados apontam que, anualmente, são registrados cerca de 710 novos casos da doença na capital federal. A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer colorretal pode ter até 85% de chances de cura.
Especialistas alertam para o aumento de diagnósticos em pessoas com menos de 50 anos, faixa etária que tradicionalmente não fazia parte dos grupos de risco. Estilo de vida sedentário, alimentação rica em ultraprocessados, obesidade, tabagismo e histórico familiar são fatores que podem contribuir para o surgimento precoce da doença.
“É fundamental estarmos atentos aos sinais do corpo, como alterações no hábito intestinal, sangramentos e dores abdominais frequentes. Mesmo os mais jovens devem buscar acompanhamento médico caso apresentem esses sintomas”, destaca a médica proctologista do Hospital de Base, Dra. Carla Menezes.
O câncer colorretal atinge o intestino grosso (cólon) e o reto, e é o segundo tipo mais frequente entre homens e o terceiro entre mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O rastreamento por meio de exames como a colonoscopia, especialmente a partir dos 45 anos, tem papel essencial na detecção de lesões precoces.
No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde tem intensificado campanhas de conscientização e ampliado a oferta de exames preventivos nas unidades básicas de saúde. O objetivo é incentivar a população a adotar hábitos saudáveis e procurar atendimento médico mesmo na ausência de sintomas.
“Queremos mostrar que a prevenção salva vidas. O diagnóstico precoce é uma arma poderosa contra esse tipo de câncer”, ressalta a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
Além das ações de rastreamento, o GDF também aposta em campanhas educativas para conscientizar a população sobre os sinais da doença e a importância de manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente e realizar exames preventivos de forma periódica.
O avanço dos casos entre jovens evidencia a necessidade de rever protocolos e estratégias de saúde pública. A recomendação de especialistas é clara: mais do que tratar, é preciso prevenir — e começar o quanto antes.