Fracasso e descaso: Rodrigo Rollemberg e seu legado negativo no comando do DF
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Com promessas não cumpridas, serviços públicos em decadência e reprovação recorde, ex-governador tenta retornar ao poder, mas carrega o peso de uma gestão marcada pela ineficiência e pela falta de resultados
Rodrigo Rollemberg (PSB), que hoje ocupa vaga como suplente de deputado federal, tenta retomar protagonismo político e sonha em voltar ao Palácio do Buriti. No entanto, o passado de sua gestão (2015–2018) ainda desperta lembranças amargas entre os brasilienses. Para muitos, Rollemberg teve a chance de transformar o Distrito Federal em um lugar mais promissor, mas desperdiçou a oportunidade por preguiça, falta de pulso e ausência de competência administrativa.
Durante seu governo, o Distrito Federal mergulhou em um cenário de estagnação e descontentamento popular. A ausência de melhorias visíveis nos serviços públicos e o enfraquecimento da economia fizeram a população reprovar cada vez mais o desempenho do então governador. Segundo pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública, na época publicada pelo Jornal de Brasília, 72% dos brasilienses rejeitavam a gestão Rollemberg.
Estudo mostrou que 67 % da população avaliava o governo como fraco, e praticamente metade dos entrevistados (49,%) o classificava como péssimo. A insatisfação foi confirmada nos dois primeiros anos de mandato, período em que a falta de tomada de decisões eficiente falhou, faltando articulação e diálogo com servidores e categorias profissionais.
Entre as medidas que contribuíram para a queda de popularidade estão o aumento das passagens de transporte público e a dificuldade de relacionamento com o funcionalismo, o que resultou em greves e impasses administrativos.
Mesmo sem envolvimento direto em escândalos de corrupção, Rollemberg não conseguiu convencer o eleitorado de sua capacidade de gestão. Conforme avaliou o professor de Ciência Política da UnB João Paulo Peixoto na época, “o eleitor não vota apenas contra corruptos, mas a favor de quem demonstra competência e resultados, atributos que o então governador não conseguiu apresentar”. Informou.
As promessas de campanha feitas em 2014 também ficaram no esquecimento. O plano de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) previa avanços em áreas cruciais como educação, saúde, segurança, transporte e cultura. Entretanto, a execução não teve sucesso. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de creches públicas urbanas no DF caiu de 34 para apenas 18 durante o governo Rollemberg, revelando retrocesso em vez de progresso.
A tentativa do PSB de defender o ex-governador, alegando que a gestão trabalhava dia e noite para equilibrar as contas públicas e entregar obras, não convenceu a população. A promessa de retomada de credibilidade até 2018 jamais se concretizou, e o governo terminou sem deixar marcas positivas ou legado concreto.
Hoje, ao tentar retornar à cena política, Rollemberg enfrenta o próprio passado. Um passado marcado por omissões, promessas vazias e a lembrança de um governo que falhou em cuidar do Distrito Federal e de seu povo.
Restando apenas assistir de camarote e criticar o atual governo de Ibaneis Rocha e Celina Leão que fazem uma gestão promissora pelo seu segundo mandato, aprovação recorde com avanço em obras, saúde educação e segurança, diálogo e investimentos sociais, Isso reforça ainda mais a percepção de que Rollemberg teve a chance de fazer história mas preferiu ser apenas mais um nome esquecido na lista dos governantes que decepcionaram o DF.

