GDF amplia monitoramento do vírus HMPV e reforça importância de medidas de prevenção

Published On: 15/01/2025 16:40

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O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou o monitoramento da circulação do metapneumovírus humano (HMPV), que causa infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores. O reforço no acompanhamento da doença ocorre desde o ano passado, por meio da Vigilância Epidemiológica e do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), ambos pertencentes à Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) da Secretaria de Saúde (SES-DF). Os resultados indicam que a situação na capital federal está em conformidade com o padrão epidemiológico esperado.

A diretora de Vigilância Epidemiológica, Juliane Malta, explica que a vigilância dos casos da doença segue orientação do Ministério da Saúde (MS). “O monitoramento é contínuo, mas foi intensificado após o registro de casos da doença em crianças na China. Mesmo sem o risco de um surto da doença ou uma pandemia, o Ministério da Saúde reforçou o acompanhamento e o Distrito Federal também”, afirma.

A situação na capital federal está em conformidade com o padrão epidemiológico esperado | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF

A SES-DF promove dois modelos de vigilância para monitorar os vírus respiratórios: sentinelas da Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). As amostras dos pacientes são encaminhadas ao Lacen para análise e identificação de quais estão circulando. Os dados obtidos permitem a identificação de surtos de vírus respiratórios e servem de orientação para políticas públicas de saúde.

A vigilância sentinela da Síndrome Gripal é responsável pela identificação, notificação, investigação e coleta de amostras laboratoriais de casos de síndrome gripal atendidos nas dez unidades de saúde sentinelas, entre hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e unidades básicas de saúde (UBSs). Já a vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave é voltada para casos hospitalizados por mais de 24 horas ou óbitos atribuídos à SRAG, independentemente do local de ocorrência.

“As amostras obtidas pelas unidades sentinelas são enviadas ao Lacen semanalmente para análise. Vale salientar que estamos na fase final de implantação do sequenciamento genômico do metapneumovírus, da mesma forma que já ocorre com outros vírus respiratórios e arbovírus. Será permitiao a identificação de diferentes cepas e variantes do HPMV, facilitando o monitoramento da evolução do vírus e a detecção de novas mutações. Mais um avanço da saúde pública do DF”, observa a diretora de Vigilância Epidemiológica.

O metapneumovírus humano apresenta sintomas mais leves, como febre, tosse, congestão nasal e dificuldades respiratórias, semelhante a um resfriado comum. “O cenário clínico é diferente do coronavírus, com menos complicações e menor letalidade”, pontua Malta. No entanto, os sintomas do HMPV podem evoluir para quadros mais graves, como bronquiolite e pneumonia, principalmente em crianças, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos.

A vacinação contra o coronavírus e a gripe/influenza é a melhor estratégia de prevenção contra os vírus respiratórios. “São medidas eficazes contra as formas graves das doenças, reduzindo o número de hospitalizações e óbitos, e que estão disponíveis na rede pública de saúde”, enfatiza Malta. Além disso, reforça a Vigilância Epidemiológica, é fundamental o uso da máscara facial ao surgirem sintomas gripais, que ajudam a diminuir a transmissão das doenças.

A população pode encontrar os imunizantes nas salas de vacinação das UBSs. Acesse a lista completa das unidades aqui.

Fonte: Agência Brasília

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