Goiás: Caiado assume protagonismo quanto isolamento radical aos chefes de facções e crítica governo federal

Published On: 28/10/2025 13:32

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Em audiência na Câmara, o governador Ronaldo Caiado apresenta o modelo penitenciário de Goiás como referência nacional e denuncia leniência da União no enfrentamento ao crime organizado

Durante audiência pública da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o governador Ronaldo Caiado defendeu a adoção de “isolamento total” de líderes de facções criminosas nos presídios e criticou a “conivência” do Governo Federal no enfrentamento à criminalidade.

Caiado iniciou sua fala mencionando os recentes ataques em Rio de Janeiro, onde facções teriam usado drones com explosivos contra agentes de segurança — episódio que, segundo ele, revela “ausência de comando e responsabilidade do governo federal”.

Ao relatar a situação encontrada no sistema prisional do Estado ao assumir o governo, o governador afirmou que havia domínio de facções, com “festas, drogas e armas dentro das celas”. Para reverter esse cenário, segundo ele, foram implementadas medidas rigorosas:

isolamento completo dos líderes de facções criminosas;

suspensão das visitas íntimas;

reforço no monitoramento de conversas com advogados considerados suspeitos.
Ele chegou a afirmar: “Hoje, quem manda nos presídios de Goiás é o Estado, não o crime”.

Além das ações duras, Caiado destacou avanços na ressocialização de reeducandos: inserção em oficinas de marcenaria, mecânica e confecção, com apoio da iniciativa privada — e até presos que teriam produzido teses acadêmicas dentro das unidades.

Por fim, ele fez um alerta: o Brasil corre o risco de se tornar “um narcoestado”, caso não haja “moral e coragem para enfrentar bandidos, e não conivência”.

Para os leitores:

A audiência serve de importante fórum para debater políticas penitenciárias em nível nacional — acompanhando o que ocorre em Goiás pode render pautas relevantes para outras unidades da federação.

A postura do governador Ronaldo Caiado lança luz sobre a tensão entre gestão estadual e governo federal no tema de segurança pública: um ponto que pode repercutir em Brasília.

Vale observar quais serão os desdobramentos práticos dessas propostas: se o modelo goiano será replicado ou se haverá resposta da União.

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