Hortoterapia vira ferramenta de cuidado e inclusão no Centro de Convivência do Idoso de Santa Maria

Published On: 07/06/2025 15:00

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 Projeto incentiva práticas sustentáveis e fortalece o envelhecimento ativo; GDF investiu R$ 1,3 milhão para adaptar o espaço às normas de acessibilidade

Um canteiro florido, mãos na terra e sorrisos no rosto. Assim tem sido a rotina de dezenas de participantes do Centro de Convivência do Idoso (CCI) de Santa Maria desde a implantação do projeto de hortoterapia. A iniciativa tem transformado o espaço em um ambiente de acolhimento, bem-estar e inclusão, ao mesmo tempo em que promove práticas sustentáveis e estimula o envelhecimento ativo.

A hortoterapia utiliza o cultivo de plantas como ferramenta terapêutica e de integração social, auxiliando no desenvolvimento físico, emocional e cognitivo das pessoas idosas. No CCI de Santa Maria, a prática passou a integrar a programação do espaço com atividades regulares de plantio, cultivo e colheita de hortaliças, ervas medicinais e flores ornamentais.

Para garantir a acessibilidade e a segurança dos participantes, o Governo do Distrito Federal investiu R$ 1,3 milhão na reforma e adaptação do centro. As melhorias incluíram a instalação de rampas, corrimãos, banheiros adaptados, além da construção de uma horta elevada, permitindo que até mesmo os usuários com mobilidade reduzida possam participar ativamente das atividades.

“É um projeto que cuida da saúde, mas também do afeto. Trabalhar com a terra resgata memórias e fortalece os vínculos entre os idosos, além de proporcionar mais autonomia”, destaca a coordenadora do CCI, Marta Gomes. Segundo ela, a iniciativa tem contribuído para a redução de sintomas de depressão e ansiedade entre os frequentadores.

Além da hortoterapia, o CCI oferece oficinas de artesanato, aulas de dança, yoga, rodas de conversa e atendimento psicossocial. O espaço atende cerca de 200 idosos da região de Santa Maria, proporcionando uma rotina ativa e repleta de estímulos positivos.

Para a aposentada Maria de Lourdes, de 72 anos, cuidar da horta virou uma nova paixão: “Eu nunca tinha plantado nada na vida. Agora venho toda semana, colho minhas ervas, converso com as amigas e me sinto mais viva.”

A proposta é que a experiência bem-sucedida de Santa Maria seja levada para outros Centros de Convivência do DF, ampliando o alcance da hortoterapia como política pública de cuidado e valorização da pessoa idosa.

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