Hospital de Base inaugura vídeo-EEG e avança na neurologia pública do DF
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Primeiro exame de vídeo-eletroencefalograma da rede pública do Distrito Federal já está em operação
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) agora conta com o primeiro aparelho de vídeo-eletroencefalograma (vídeo-EEG) disponível na saúde pública do Distrito Federal um salto importante no diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas de alta complexidade.
No novo modelo de exame, o paciente permanece internado por vários dias, enquanto câmeras de vídeo, inclusive com visão infravermelha para captar episódios noturnos, microfones e eletrodos no couro cabeludo monitoram continuamente a atividade cerebral. Isso permite registrar, com precisão, crises convulsivas e distúrbios neurológicos, ajudando a definir se o paciente é candidato a cirurgia ou outro tratamento mais eficaz.
Diagnósticos mais precisos e esperança para quem convive com convulsões
O primeiro paciente submetido ao vídeo-EEG no HBDF é um homem de 25 anos que sofre com crises desde a infância. Ele descreve o exame como “a última esperança”, esperando finalmente alcançar um diagnóstico que leve a remissão da doença.
Para a equipe médica, o exame representa um marco: segundo o neurologista responsável, a tecnologia amplia a capacidade diagnóstica da rede pública, oferece opções até então só disponíveis no setor privado e pode garantir tratamento adequado a quem antes não tinha acesso.
O investimento envolveu a compra de dois equipamentos cada um custando cerca de R$ 400 mil e adaptação de salas, com ar-condicionado, câmera, computadores e suporte técnico.
Impacto para o Sistema Público de Saúde no DF
A incorporação do vídeo-EEG ao HBDF fortalece a rede pública de alta complexidade no Distrito Federal. Além de ampliar o acesso das pessoas com epilepsia e outras doenças neurológicas a diagnósticos de ponta, o novo exame pode reduzir necessidades de tratamentos prolongados ou idas frequentes ao setor privado.
Para a população que depende do SUS, especialmente para famílias de baixa renda, essa conquista pode significar melhor qualidade de vida com diagnósticos confiáveis, terapias mais adequadas e, em muitos casos, possibilidade de intervenção cirúrgica com qualidade e segurança.
O que ainda está por vir
A administração do hospital e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), já trabalham para regularizar o fluxo de atendimento, definir agenda e ampliar o acesso ao exame com objetivo de beneficiar um número maior de pacientes com necessidades neurológicas.
Também está prevista a expansão do serviço, com o uso dos dois aparelhos adquiridos, e a oferta continuada para casos que exigem acompanhamento especializado e de alta complexidade.

