Hospital de Santa Maria aprimora atendimento materno-infantil com escuta ativa e humanização
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Inspirado em metodologia internacional, projeto investe no acolhimento das gestantes e amplia a satisfação das pacientes na rede pública de saúde do DF
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), referência no atendimento hospitalar no Distrito Federal, vem se destacando pela adoção de práticas humanizadas no cuidado com gestantes, puérperas e bebês. Por meio da escuta ativa — técnica baseada na atenção plena às necessidades, sentimentos e experiências das pacientes —, a unidade implantou um modelo de acolhimento que tem elevado significativamente a qualidade do atendimento materno-infantil.
A iniciativa integra um conjunto de ações voltadas à humanização da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), alinhadas a metodologias internacionais recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde que foi implementada, a estratégia já apresenta resultados expressivos: o hospital registrou aumento na satisfação das usuárias e melhoria nos indicadores de qualidade do cuidado.
Foco na escuta e no acolhimento
A escuta ativa é uma ferramenta que coloca a mulher no centro do processo de cuidado, ouvindo com empatia seus relatos, angústias e expectativas durante o pré-natal, parto e pós-parto. No HRSM, a metodologia tem sido aplicada por equipes multiprofissionais que incluem médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.
“O que buscamos é compreender a paciente em sua totalidade, não apenas como alguém que necessita de um procedimento clínico, mas como uma mulher que vive um momento único e muitas vezes desafiador. A escuta ativa permite construir vínculos de confiança e respeito, reduzindo medos e melhorando o desfecho das internações”, explica a diretora do hospital, Renata Valença.
Formação e sensibilização das equipes
Para implementar o novo modelo, a equipe do HRSM passou por treinamentos baseados em práticas adotadas em centros de excelência no Brasil e no exterior. As capacitações abordam temas como empatia, comunicação não violenta, segurança do paciente, atenção ao parto respeitoso e abordagem de situações de vulnerabilidade.
Além disso, o hospital criou espaços para acolhimento emocional e escuta qualificada, permitindo que gestantes e familiares compartilhem suas experiências e recebam o suporte necessário. Esse cuidado individualizado tem sido essencial para reduzir a ansiedade das pacientes e promover partos mais seguros e humanizados.
Resultados positivos e reconhecimento
Desde o início da iniciativa, o HRSM observa evolução nos índices de satisfação das pacientes atendidas na maternidade. Relatórios internos apontam melhora no conforto das internações, na segurança do atendimento e na confiança nas equipes profissionais.
“Me senti acolhida, respeitada e ouvida durante todo o processo do parto. A equipe estava atenta não só à minha saúde, mas também ao meu emocional. Isso fez toda a diferença”, relata Viviane Ferreira, de 27 anos, que deu à luz no hospital em junho.
O projeto também contribui para a qualificação dos indicadores institucionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, promovendo um padrão de atendimento que poderá ser replicado em outras unidades da rede pública.
Compromisso com a humanização
A adoção da escuta ativa no Hospital de Santa Maria reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com uma saúde pública mais empática, acolhedora e eficaz. A estratégia se soma a outras políticas públicas de valorização da primeira infância e da saúde da mulher em curso no DF.
“A humanização do atendimento é uma diretriz da nossa gestão. Queremos que todas as mulheres que busquem a rede pública sintam-se seguras, respeitadas e bem cuidadas. O exemplo de Santa Maria nos inspira a seguir avançando”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.