Senador propõe CPI sem fundamentos concretos e é acusado de atuar contra os interesses econômicos do Distrito Federal

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) protagonizou mais um episódio polêmico no cenário político local ao anunciar, nesta terça-feira (16), a intenção de protocolar um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a proposta de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). A negociação, que ainda está sob análise do Banco Central, tem potencial para fortalecer o sistema financeiro regional e ampliar a atuação do BRB no mercado nacional.

A atitude do parlamentar gerou forte reação entre lideranças políticas e setores econômicos do Distrito Federal. Em nota, aliados do Governo do DF classificaram a iniciativa como “oportunista e desleal”, afirmando que Izalci se aliou ao discurso da esquerda — responsável por disseminar boatos e distorções sobre a operação.

“O senador faz o jogo sujo da oposição, tentando melar uma negociação importante para o fortalecimento econômico do DF. Está claro que a proposta de CPI não se baseia em fatos concretos, mas em interesses políticos mesquinhos”, declarou um integrante do governo local, sob condição de anonimato.

A compra do Banco Master pelo BRB é considerada estratégica para ampliar a carteira de clientes e a base de ativos da instituição brasiliense, além de gerar empregos e atrair investimentos para a capital. O mercado financeiro também vê a operação como positiva e acompanha com expectativa a análise do Banco Central.

Para empresários e representantes da sociedade civil, a postura de Izalci Lucas evidencia um movimento para enfraquecer iniciativas que possam beneficiar a gestão do Governo do DF e seus projetos de expansão econômica. “Ao invés de defender os interesses do Distrito Federal, o senador prefere criar factoides e tensionar o ambiente político em busca de palanque para as próximas eleições”, criticou um dirigente empresarial.

Nos bastidores, há a expectativa de que lideranças políticas e empresariais se mobilizem para barrar a tentativa de CPI e isolar o parlamentar, que já enfrenta dificuldades para manter sua base de apoio.

Procurado, Izalci Lucas reafirmou sua intenção de apresentar o pedido de CPI, alegando que a operação precisa de “transparência e rigorosa apuração”. O BRB, por sua vez, reiterou que a negociação segue todos os trâmites legais e aguarda o parecer do Banco Central para dar continuidade às tratativas.

A movimentação de Izalci é vista como mais um capítulo da disputa política em ano pré-eleitoral, em que interesses públicos e projetos pessoais frequentemente se confundem.