Rollemberg, Veras e Kokay: Traem empreendedores e se alinham a aumento de impostos que sufoca a população
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Ao defender a manutenção da MP do IOF, Erika Kokay, Reginaldo Veras e Rodrigo Rollemberg priorizam o caixa do governo em detrimento de micro e pequenos empreendedores do Distrito Federal
Em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos e milhares de pequenos empreendedores lutam para manter seus negócios de pé, três parlamentares eleitos pelo Distrito Federal optaram por defender mais impostos em vez de apoiar quem movimenta a economia local. Os deputados federais Erika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV) e Rodrigo Rollemberg (PSB) votaram contra a retirada de pauta da Medida Provisória que permitiria o aumento do IOF, imposto que pesa diretamente no bolso de quem precisa de crédito para sobreviver.
A decisão, tomada em votação na Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (8), contrasta com a postura da maioria da Casa, que rejeitou a pauta por 251 votos a 193, impedindo que a MP avançasse. Caso fosse aprovada, a medida atingiria diretamente microempreendedores individuais (MEIs) e pequenos comerciantes — a espinha dorsal da economia do DF.
Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF), o Distrito Federal conta com cerca de 250 mil micro, pequenas e médias empresas ativas, incluindo mais de 200 mil MEIs. Dessas, até 70 mil dependem de linhas de crédito para manter suas portas abertas. Um aumento no IOF representaria um custo adicional insustentável para quem já opera com margens apertadas.
Ao votarem pela manutenção da MP, Kokay, Veras e Rollemberg ignoraram essa realidade e se alinharam a uma agenda arrecadatória que aperta ainda mais quem já paga a conta. A decisão foi recebida com indignação por setores produtivos locais, que veem no aumento do imposto uma ameaça ao emprego e à renda de milhares de famílias.
Erika Kokay, conhecida por defender pautas governistas, foi uma das vozes mais firmes a favor da MP. Reginaldo Veras repetiu a postura de junho, quando também se posicionou a favor de manter o IOF elevado. Já Rodrigo Rollemberg, recém-chegado à Câmara após decisão judicial sobre sobras eleitorais, iniciou seu mandato decepcionando até aliados históricos ao apoiar uma medida impopular e prejudicial à economia local.
Esses parlamentares escolheram a Brasília dos gabinetes, não a Brasília que acorda cedo para abrir um comércio e garantir sustento à família. O mandato que receberam foi para defender os interesses da população — não para aumentar a carga tributária que sufoca trabalhadores e empreendedores.
A sociedade brasiliense tem o direito — e o dever — de cobrar coerência de seus representantes. Quem governa de costas para a população presta um desserviço ao DF.