Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria ficam com a maior parte dos atendimentos
Quase metade dos atendimentos nos hospitais regionais do Gama e de Santa Maria é de moradores do estado de Goiás, em especial de Luziânia, Valparaíso e Novo Gama. Do outro lado da cidade, o Hospital Regional de Brazlândia também tem alta demanda de fora do Distrito Federal, principalmente de quem reside em Águas Lindas.
A maior parte dos atendimentos é para Gineco-obstetrícia e para Pediatria. Somente das cidades de Luziânia, Valparaíso e Novo Gama, durante todo ano de 2018, foram recebidas 9.325 demandas para Obstetrícia e realizados 1.121 atendimentos em Pediatria.
Em 2019, a demanda continua grande. Nos três primeiros meses do ano, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o mais procurado da rede pelos moradores do Entorno, atendeu 2.740 pacientes de fora do DF, dentre os 8.032 acolhimentos realizados.
DEMANDA – “Estamos nos esforçando para atender a toda essa demanda, que é crescente. Oferecemos horas extras para pediatras e abrimos mais cinco leitos de enfermaria”, anuncia o diretor do Hospital Regional de Santa Maria, Fabiano Dutra.
Na Região de Saúde Oeste, que engloba Ceilândia e Brazlândia, a demanda também é ascendente. “Principalmente em períodos de sazonalidade, percebemos um aumento no número de pacientes, em especial, na Pediatria. A maioria vindo de Águas Lindas”, observa a superintendente regional, Alessandra Ventura. Ela diz que 30% da demanda dos hospitais sob a supervisão dela referem-se ao Entorno.
Em toda a rede, cerca de 20% dos atendimentos são de moradores do Entorno do DF, provenientes dos estados de Goiás, Bahia e Minas Gerais. Nos casos de internação, em 2018, de um total de 203.213 pacientes, 43 mil eram de fora do DF, sendo 92% Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), área que circunda a capital federal.
Os dados da Secretaria de Saúde apontam que este número tem aumentado nos últimos anos. Em 2016, foram atendidos 34.540 pacientes do Entorno. No ano seguinte, pulou para 37.654. Já em 2018, alcançou 40.345.
Alline Martins, da Agência Saúde